É claro que gosto de feriados. Ter um tempo extra para fazer as coisas que gosto ou nada – que também é bom – é o que torna a correria diária possível.
Entretanto, feriados as vezes acabam abrindo horários demais na agenda e, passada a euforia inicial, a saudade chega decidida a ocupar os espaços que lhe nego cotidianamente.
Ontem o Vínicius me mandou uma música que cantava “Do amor é que a dor cria raízes”. Só posso concordar. É por amor que sinto saudade, esta que é uma dor agridoce, mas ainda uma dor.
Adoro feriados, porém eles intensificam a saudade que sinto dos meus pais. E hoje, tudo que eu queria era a casa quase sempre silenciosa, a conversa ao redor da mesa e o chimarrão passando de mão em mão. Tudo que eu queria era o abraço aconchegante e ouvir meus apelidos de infância.
O que eu tenho é a lágrima insistente e o resto do feriado cheio de espaços vazios.
Mais um fim de feriado
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A saudade é um sentimento agridoce mesmo. Mas é bom saber que em algum lugar esses abraços estão te esperando. É só questão de tempo. 🙂
Fico feliz que a música tenha despertado sentimentos. Afinal, acho que é pra isso que as músicas existem e é isso que nos faz admirá-las, não? Se do amor é que a dor cria raízes, a música e a poesia são os frutos saborosos dessa árvore. Boa semana, Marcela!
creio que tu sejas mais cosmopolita que eu, mas, além da saudade, só em casa para realmente descansar. A vida corrida da cidade não permite que tu relaxe corpo e mente e isso acaba estourando alguma hora, de uma forma ou de outra
Sim, sim. A pausa acontece no sossego da cidade menor e no aconchego do abraço de quem amamos. Beijos, primo.