Certa vez o poeta Thadeu Wojciechowski, o Polaco da Barreirinha, ao introduzir um dos seus poemas no blog escreveu algo mais ou menos assim: .
“e agora vamos falar de um assunto que interessa a todos:
amor”.
Fiquei surpresa com essa definição de amor como um assunto que interessa a todos.
Admito que ao ler o enunciado os primeiros assuntos que me vieram a cabeça foram “dinheiro” e “sexo”. É uma faceta da masculinização do pensamento.
Tomada por nostalgia, lembrei de como tratávamos o amor com tanto carinho há não muito tempo. Era a palavra divina, aquela que interessava; e liamos poemas e romances, trocávamos frases, escrevíamos cartas – cartas de amor. Será que foi por medo do ridículo que abandonamos a adoração do amor?
E ao invés de divino o amor ficou brega, piegas, fora de moda. Não conseguimos mais falar dele sem pedir desculpas.
Nossa mudez amorosa é tanta que a palavra mais procurada no Google a 10 anos é “sexo”.
Onde foi que sexo e dinheiro tomaram conta de nossos sonhos?
Não sei se fui eu ou o amor quem perdeu o bonde da humanidade, mas sei que definitivamente nós não estamos no mesmo vagão.